Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1919 - 1954 (Produção)
Nível de descrição
Subsérie
Dimensão e suporte
Textuais: 23 manuscritos/datiloscritos.
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
José Oswald de Souza Andrade nasceu no dia 11 de janeiro de 1890, na cidade de SP, filho de José Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta de Souza Andrade. Sua educação inicialmente se deu com professores particulares, passando, em 1900, à escola Modelo Caetano de Campos e, no ano seguinte, ao Ginásio Nossa Senhora do Carmo e em 1903 ao Colégio São Bento onde conclui os estudos em Humanidades em 1908, ano que ingressa na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco e interrompe o curso, que só concluirá em 1919. Em 1909 inicia sua vida profissional como redator e crítico de teatro para o jornal Diário Popular. Monta, em 1910, junto com o pintor Oswaldo Pinheiro, um ateliê. Nesse ano ele conhece o RJ onde fica hospedado na casa de seu tio, o escritor Inglês de Souza, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. No ano seguinte, usando recursos financeiros de sua mãe, funda o periódico O Pirralho. Embarca para a Europa em 1912, onde conhece vários países e a jovem dançarina Carmen Lydia. Nesse período trabalha como correspondente do Correio da Manhã. Em setembro desse ano sua mãe falece. Volta ao Brasil com a estudante francesa Henriette Denise Bouflers, a Kamiá, e reassume o posto de redator de O Pirralho até o fim desta publicação em 1917. Em 1913 publica A Recusa (drama). No ano seguinte Kamiá dá à luz a seu primeiro filho, José Oswald Antônio de Andrade, o Nonê. Em 1915 chega ao Brasil, Carmen Lydia com quem mantém rumoroso envolvimento. Dois anos depois participa com Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e Di Cavalcanti, do primeiro grupo modernista e realiza com vários colaboradores a composição de O Perfeito Cozinheiro das Almas desse Mundo.... Em fevereiro de 1919 morre seu pai. Casa-se in extremis com Maria de Lourdes Castro Dolzani de Andrade (Miss Cyclone), que havia colaborado em algumas de suas obras. Foi um dos principais idealizadores da Semana da Arte Moderna de 1922. Nesse ano começa sua amizade com Tarsila do Amaral, no ano seguinte viaja com ela pela Europa. Em 1924 sai no Correio da Manhã seu Manifesto da Poesia Pau Brasil", período em que excursiona, em companhia de outros intelectuais brasileiros e do poeta francês Blaise Cendrars, pelas cidades históricas de Minas Gerais. Publica Memórias Sentimentais de João Miramar. Viaja pela Europa e assume endereço definitivo em Paris na companhia de Tarsila, onde vive até 1929. Em 1925 publica Pau Brasil (poemas). No ano seguinte, numa visita ao Brasil, casa-se com Tarsila. Publica ainda nesse ano Serafim Ponte Grande na Revista do Brasil. Em 1927 publica A Estrela do Absinto e o Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade e, no ano seguinte, o Manifesto Antropofágico na Revista da Antropofagia. Em 1929 rompe com Tarsila e parte em viagem para a Bahia acompanhado de Patrícia Galvão, Pagú, com quem se casaria em abril de 1930 em cerimônia realizada em um cemitério. Pagú dá à luz Rudá Poronominare Galvão de Andrade. Oswald publica várias obras de cunho político, engaja-se no Partido Comunista e lança Serafim Ponte Grande como livro. Em 1934, deixa Pagú e une-se a pianista Pilar Ferrer. No mesmo ano, publica A Escada Vermelha e O Homem e o Cavalo, e assina contrato antenupcial com regime de separação de bens com Julieta Bárbara Guerrini, com quem se casaria em 1936. Escreve, em 1937, O País da Sobremesa e publica as peças A Morta e O Rei da Vela. Dois anos depois escreve O Lar do Operário. Em 1942 publica Cântico do Cânticos para Flauta e Violão, obra dedicada à Maria Antonieta d´Alkmin, com quem se casaria em 1943, e Marco Zero I: A Revolução Melancólica. Em 1945 sai O Sentido da nacionalidade no Caramuru e no Uruguai e A Arcádia e a Inconfidência e nasce sua filha Antonieta Marília. Lança uma coletânea de artigos intitulada Ponta de Lança e publica A Sátira na Poesia Brasileira, Poesias Reunidas e Marco Zero II Chão. Lança um manifesto ao Povo de São Paulo, Trabalhadores de São Paulo, Homens Livres de São Paulo, e escreve Canto do Pracinha Só. Rompe definitivamente com Carlos Prestes e com o Partido Comunista. Publica A Lição da Inconfidência e O Escaravelho de Ouro. Em 1948 nasce seu filho Paulo Marcos e, no ano seguinte, viaja com o escritor francês Albert Camus pelo interior do Brasil para assistir a festa do Divino. Em 1950 escreve O Antropófago e lança O Santeiro do Mangue, em versão definitiva. Participa de concurso para provimento da Cadeira de Filosofia na FFLCH/USP, ocasião em que defende a tese A crise da filosofia messiânica, sem êxito. Candidata-se a deputado federal pelo PRT. Escreve, em 1952, Introdução a antropofagia e, dois anos depois, publica o primeiro volume de Memórias - Um homem sem profissão e é indicado para ministrar um curso de cultura brasileira em Genebra. No dia 22 de Outubro de 1954, falece em sua residência na cidade de SP, onde está sepultado em jazigo da família no cemitério da Consolação.
Entidade custodiadora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Esta subsérie é composta por cadernos e cadernetas contendo rascunhos, trechos, anotações de 'Marco Zero', 'Serafim Ponte Grande', artigos para a Coluna 'Telefonema' do jornal Correio da Manhã, como também rascunhos de palestras e de cartas a serem enviadas pelo autor.
Avaliação, seleção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Ordenação cronológica.
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Consulta livre.
Condiçoes de reprodução
Consulte as normas gerais de reprodução de documentos do CEDAE.
Idioma do material
- português do Brasil
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Área de materiais associados
Existência e localização de originais
Localização Física: Ar13D3cad4-26
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Área de notas
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ponto de acesso nome
Pontos de acesso de gênero
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Identificador da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
Descrição baseada em: CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAD (G): Norma geral internacional de descrição arquivística: segunda edição, adotada pelo Comitê de Normas de Descrição,Estocolmo, Suécia, 19-22 de setembro de 1999, versão final pelo CIA - Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001.
Estado atual
Nível de detalhamento
Completo
Datas de criação, revisão, eliminação
16/06/2008
Idioma(s)
Sistema(s) de escrita(s)
Fontes
Nota do arquivista
Descrição na ISAD(G) elaborada por Priscila Soares Garcia.