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Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
ILARI, Rodolfo
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
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Datas de existência
Histórico
de 1943 em Biella, (Província de Vercelli) Piemonte. Faz seus estudos no Ginnasio Superiore e Liceo Classico G. e Q. Sella, onde aprende duas novas línguas: o francês e o latim. No final do ginásio, em 1959, interrompe os estudos, pois sua família se muda para o Brasil. Sua primeira cidade no país é Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Dá continuidade a seus estudos no 'Liceu Braz Cubas', onde, entretanto, permanece por pouco tempo, pois a família se mudaria para Jundiaí, interior do estado. Na nova cidade, estuda no 'Instituto de Educação Jundiaí', escola estadual que operacionalizava naquele momento, antes de ser aplicado em toda a rede, o projeto Escola Experimental. Conhece ali o Prof. Carlos Franchi e a Profa. Maria Evangelina Villa Nova Soeiro. Professores que o incentivam na escolha da universidade e que marcaram sua formação. Escolha feita, em 1963 ingressa no curso de Letras na Universidade de São Paulo (USP). Abandona, logo de início, a ideia de estudar literatura italiana e se aproxima da 'Cadeira de Francês'. No ano seguinte, começa a dar aulas em cursos preparatórios do Grêmio da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP e 'Equipe Vestibulares'. Permanecerá nessas atividades até 1968. Naturaliza-se brasileiro em 9 de agosto de 1965. Em 1966 torna-se professor de português, latim e francês em colégios estaduais de São Paulo. Profissão que desempenhará por três anos. Em 1967, gradua-se em Letra Neolatinas (Português / Francês) e se torna instrutor junto à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras 'Nossa Senhora Medianeira' (Faculdades Anchieta), função que desempenhará até 1969. Entre 1968 e 1969, faz especialização em Língua e Literatura Italiana pela FFLCH da USP. Nesse período, acompanha as exposições de Roman Jakobson na universidade. É também nesses anos que o Prof. Albert Audubert, na época diretor do Centro de Estudos Franceses da USP, indica seu nome ao Prof. Fausto Castilho, que estava montando na época um Instituto de Filosofia e Ciências Humanas na Universidade de Campinas (UNICAMP). Em seu projeto, 'a linguística deveria constituir o ponto de articulação das ciências antropológicas, econômicas e sociais.' Em janeiro de 1970, já vinculado a Unicamp, Ilari parte para a França ao lado de Carlos Franchi, Haquira Osakabe e Carlos Vogt, para estudar na Université de Besançon, onde, no ano seguinte, com a tese 'Une introduction sémantique à la théorie du discours', orientada por Jean Peytard, consegue o título de mestre em linguística. Durante esse período, o titular aproveita sua estadia na França e frequenta regularmente, embora sem inscrição, os cursos sobre fascismo de Max Gallo e Nicos Poulantzas e acompanha, com a mesma regularidade, as aulas do Prof. Oswald Ducrot no College de France, que, descreve Ilari, 'estava então reconstituindo a história da noção de pressuposição, mediante uma exegese minuciosa de Frege, Collingwood e Strawson.' Quando retorna ao país, em agosto de 1971, assume a direção do Centro de Linguística Aplicada. 'Já estavam em seu segundo ano de funcionamento uma graduação e um mestrado em Linguística, exigindo todo um trabalho de regulamentação e organização e até mesmo de aliciamento de interessados.' (Memorial) Em 1973, inicia o doutorado em Linguística na UNICAMP. Seu título sai dois anos depois com a defesa da tese 'Propriedades de sentenças e contextos discursivos'. Em 1977, o Departamento de Linguística é desmembrado do IFCH para formar o Instituto de Estudos da Linguagem. Na ocasião, Ilari torna-se chefe do Departamento de Linguística. Entre 1981 e 1983 faz um pós-doutorado no Departamento de Linguística da Universidade da Califórnia, Berkeley. Nesse período, deu nova redação à tese de doutorado, transformando-a em livro, publicado pela Editora da Unicamp em 1986: 'Estrutura funcional da frase portuguesa'. No período que se estende de dezembro de 1986 a julho 1987, é professor convidado da Section de Portugais da Université de Bordeaux III para ministrar cursos de cultura e literatura brasileira a alunos de pós-graduação. Em 1990 faz um estágio na Università di Roma, La Sapienza. Entre 1991 e 1995, é Diretor do IEL. Em 1998, recebe o Prêmio Jabuti de Tradução. Nesse ano, aposenta-se como Professor Titular em Semântica e Pragmática das Línguas Naturais. Entretanto, desde então, permanece como professor colaborador voluntário junto ao IEL/UNICAMP. Entre 2007 e 2009, é professor titular de português no Institutionen för Spanska, Portugisiska och Latinamerikastudier - Stockholms Universitet. Deu aula na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e na Universidade Estadual do Sul de Minas. Publicou traduções em livros e em revistas especializadas. Escreveu também artigos críticos em revistas especializadas, além de prefácios e posfácios.