Leon Hirszman, sendo premiado no 30º- Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, ocorrido na cidade de Havana, Cuba, por seu filme Eles não usam black-tie.
Produzido no ano de 1965, ficção, 85 minutos, 35 mm, preto & branco, o primeiro longa-metragem de Leon Hirszman, baseado na peça homônima de Nelson Rodrigues, narra a vida de Zulmira, uma mulher do subúrbio carioca que se vê possuída pela idéia da morte. Vencedor da Gaivota de Prata no I Festival Internacional do Filme no Rio de Janeiro, em 1965, onde esteve representando o Cinema Novo. Foi projetado no Festival Cinematográfico de Veneza, Itália, e na semana cinematográfica organizada pela revista Cahiers du Cinema, em Paris, França. Reúne neste subgrupo, entre outros, folhetos de divulgação de exibição, texto sobre Fernanda Montenegro, redigido por Leon, alguns artigos publicados entre 1965 e 1966 pela imprensa nacional e internacional, fotografias, e um único documento tecnico, a lista de sequências.
Documentário, 16 mm, 84 minutos, colorido, iniciado em 1979, foi finalizado em 1990, por Adrian Cooper. Sinteticamente, ABC da Greve é um documentário sobre o cotidiano das greves que eclodiram nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, também conhecido com ABC paulista, no início de 1979. LH encontrava-se em São Paulo, trabalhando com Gianfrancesco Guarnieri no argumento do longa metragem Eles Não Usam Black-tie. Devido ao impacto do movimento grevista, Leon interrompe momentaneamente seu projeto inicial e parte à campo com sua equipe, buscando registrar todos os acontecimentos das greves: reuniões, distribuição de folhetins nas portas das fábricas, depoimento de anônimos, a missa, as assembléias que ocorriam no estádio Vila Euclides e até a volta ao trabalho. Acabou por documentar a maior manifestação de greve da história do país, bem como a solidificação de Luiz Inacio Lula da Silva, o Lula como líder do operariado brasileiro.
Segundo alguns críticos, LH fez acima de tudo um cinema político, que buscou atravésda ficção ou documentário elucidar práticas de dominação política, cultural, econômica e social. Essa visão política esteve presente em outras instâncias da sua vida. Enquanto cidadão, prestou apoio político à candidatura de Miro Teixeira, pelo PMDB, à governador do estado do Rio de Janeiro, em 1982. Como cineasta, teve participação direta nas decisões em torno das políticas voltadas para o cinema nacional. Teve expressiva atuação como menbro da ABRACI, Associação Brasileira dos Cineastas e na CBC, Cooperativa Brasileira de Cinema.
Reprodução de artesanato pré - colombiano do sítio arqueológico de Pachacamac datado do século XVI DC. Peça original no Museo do Sítio Arqueológico de Pachacamac.
Contém depoimentos de personalidades artísticas como Ivone Lara, Noca da Portela, Milton Gonçalves, Chico Buarque, Dina Sfat, Mário Lago, entre outros, em apoio a candidadtura de Miro Teixeira, candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro nas eleições de 1982.
Esse dossiê é composto por documentos sobre apoio aos movimentos sociais pela soberania política dos países da América Latina e pelo apoio político-partidário prestado ao candidato do PMDB ao governo de Estado do Rio de Janeiro, nas eleições de 1982, Miro Teixeira. Sobre o apoio partidário, elaborou a proposta de criação de um setor de comunicações dentro do PMDB e acumulou registros daquele momento, como proposta de governo, orçamento para realização de vídeo para campanha, lista de personalidades que apoiavam a candidatura, o jingle da campanha e os depoimentos de personalidades artisticas como Ivone Lara, Noca da Portela,Milton Gonçalves, Chico Buarque, Dina Sfat, Mario Lago, entre outras, que apoiavam o então candidato, Miro Teixeira. Completa esse dossiê, o disco de vinili produzido pelo Comitê de mobilização pelo não pagamento da dívida externa de 1985, com a canção "Não Vamos Pagar", de Wilson Moreira e Carlos Cachaça.