Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando da alegria que sentiu ao receber boas notícias da família de Jessie no Chile. Fala de seu crescimento pessoal nos últimos três anos de cárcere.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando do relacionamento de ambos, do tempo passado em Niterói e da recente construção da ponte Rio-Niterói. Fala dos trabalhos manuais na prisão e diz a Jessie que evita o emocionalismo, pois este os leva a “distorcer as coisas”.
Cartão de A.P. Duarte Silva - Grande Depósito de Frutas nacionais (bananas). No verso, anotação, em francês, de pensamento de Meitach. R. Corrêa Vasques.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando das atividades no presídio, os estudos de francês e a limpeza da cela. Comenta um artigo publicado na revista “Veja” no qual os presos políticos da Ilha Grande convivem com os presos comuns enquadrados pela Lei de Segurança Nacional. Discute a partir da queda da pena do Lott, a polêmica em torno da absolvição ou não de presos políticos. Diz lamentar que, apesar de “tanta distância e dificuldade de comunicação”, existam os maus julgamentos e os aborrecimentos de Jessie. Contém trechos censurados.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira falando de seu alívio ao receber notícias de sua família, que em breve será deportada para a Suécia. Reclama das esparsas cartas enviadas por Colombo. Fala da visita de Iná e de suas conversas sobre a educação de Ivan. Faz brincadeiras sobre quando todos estiverem hipoteticamente soltos e passeando em Cabo Frio.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira falando sobre sua atividades no presídio de Ilha Grande. Diz estar em constante atividade, pois assim fica “com menos sensação de inutilidade”. Carta com linhas censuradas.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando de suas atividades no presídio, do recebimento de visitas e da soltura de dois companheiros. Diz que para superar a falta de “vivência” é necessário que ambos acreditem em viver o futuro juntos.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira comentando sua atual apatia e dificuldade em descrever sua situação. Declara necessidade de falar pessoalmente com ele. Trabalhando com as companheiras de presídio Biga e Lúcia na feitura de ilustrações para crianças, diz inspirar-se nos livros de Monteiro Lobato, os quais pretende acabar de ler até o fim do dia. Comenta a nova ocupação do marido como orientador educacional e seus jogos de futebol em tom de brincadeira. Fala sobre uma carta censurada e sua insegurança quanto ao relacionamento de ambos.
Carta de Colombo Vieira à Jessie Jane falando sobre suas ocupações no presídio: treino com flauta e jogos de futebol. Comenta as cartas recebidas anteriormente. Diz que sente saudade e que tem esperanças para um futuro próximo. Está apreensivo em escrever-lhe sobre o relacionamento de ambos e ser mal compreendido.
Carta de Jessie Jane a Colombo Vieira, originalmente com seis linhas censuradas. Comenta sobre os quase quatro anos de prisão e sua tentativa para racionalizar uma “filosofia de eterno preso”. Fala sobre suas leituras e do vasto tempo que tem para “ler o que quiser”.