Imagens registradas pela professora Vanessa Lea durante uma série de viagens para pesquisa etnológica junto aos índios Mebengorke, do Parque do Xingu, e às suas imediações (incluindo o vilarejo de São José do Xingu), no Mato Grosso, entre 1978 e 1987. Uma pequena parte suplementar da coleção de slides, referente a 1980, enfoca algumas populações indígenas do Nordeste e do Espírito Santo. Inclui também algumas imagens da primeira manifestação antinuclear realizada na cidade de Rezende, Rio de Janeiro.
Processos judiciais relacionados a escravos, originados dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerias, Santa Catarina, Espírito Santos, São Paulo, Bahia, Goiás, Maranhão e Mato Grosso.
Supremo Tribunal de Justiça, Rio de Janeiro, Brasil
Na história do moderno teatro brasileiro, como da própria cultura do país, o desempenho artístico, social e político do Teatro Oficina constituem um dos momentos mais relevantes, sobre o qual esse acervo representa um testemunho inestimável. Os documentos registram a trajetória do grupo e permitem conhecer suas montagens e produções, ao mesmo tempo em que servem como testemunho de momentos importantes da vida político-cultural brasileira. O conjunto reúne documentos administrativos, roteiros, fotografias, escritos diversos, diários de direção, textos de teatro, convites, cartazes, agendas, recortes de jornais, material audiovisual, entre outros.
O conjunto reúne uma pequena porção de documentos relativos às atividades do grupo, tais como correspondência e comunicados enviados aos associados, panfletos, recortes de jornais, textos de outros grupos homossexuais e o boletim “Okzinho”, órgão oficial da Turma Ok. O destaque da documentação encontra-se na raríssima coleção de pequenos jornais voltados ao público homossexual editados entre as décadas de 1960 e 1970, muitos de maneira artesanal: “O Snob” (1963-1969), “Darling” (1968) e “Gente Gay” (1976-1978), editados no Rio de Janeiro com a participação de Agildo Bezerra Guimarães; e outros títulos como “Aliança de Ativistas Homossexuais”, “Cray Press Magazine”, “Foyer”, “La Saison”, “Le Femme”, “Littlle Darling”, “Mammy’s News”, “O Centauro”, “O Grupo”, “O Vic”, “Tiraninho”, entre outros.
A coleção reproduz títulos de publicações raras em microfichas, relativas a expansão portuguesa na África e na Ásia. Trata-se de referência não apenas para historiadores interessados na Ásia Portuguesa, mas também para os interessados em política, economia e sociedades da região do continente influenciada por Portugal.
O conjunto é composto por correspondência, cartazes, programas, diplomas, artigos de jornais e outros documentos relacionados à trajetória artística e vida pessoal da atriz. As fotografias (anos 1950 a 1980) trazem anotações no verso, feitas pela família, identificando situações e personagens. Registram peças e companhias teatrais, ensaios de novelas e eventos culturais dos quais a titular participou desde que iniciou sua vida artística até pouco antes de sua morte. Destaca-se a documentação sobre a companhia Os Artistas do Povo, importante para a historiografia do teatro brasileiro, e a documentação de família guardada pela atriz: de seu pai, Olair Lacerda, e da mãe, a anarquista Elvira Boni Lacerda, com fotos dos anos 1930 e 1940, incluindo papéis de associações de mulheres de bairro em que a mãe participava.
O conjunto é constituído por textos teatrais, predominantemente comédias e adaptações de romances brasileiros, portugueses e traduzidos, utilizados por companhias de teatro. Alguns textos trazem marginália sobre cenografia, iluminação e características dos personagens. São obras dos estilos em voga na Europa, no início do século XX, como operetas, vaudevilles e burletas.
O arquivo reflete as atividades do trabalho sindical através dos documentos de campanhas salariais, assembleias, eleições, acordos, atas de reuniões, processos trabalhistas (1958-1986) e material utilizado para formação sindical, além dos documentos que mapeiam as relações deste Sindicato com instituições similares e de apoio. Grande parte dos livros da biblioteca é dedicada à jurisprudência trabalhista e à leitura de lazer (literatura nacional e estrangeira). As fotografias do arquivo registram as greves gerais de 1987 e 1988, quando ocorreu a invasão do exército na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Sobre esse episódio, as imagens retratam diversos momentos, tais como a chegada das tropas, enterros dos operários e manifestações de protesto. Registram também, entre outros acontecimentos, a história, inauguração e destruição do Memorial 09 de Novembro, concebido por Oscar Niemeyer em homenagem aos operários mortos.
Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende
O conjunto documental é constituído pelo material produzido e acumulado por Verena Stolcke ao longo da pesquisa de campo que desenvolveu, entre os anos de 1973 e 1979, com trabalhadoras eventuais das plantações de café da Fazenda Rio das Pedras, localizada no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. A antropóloga acompanhou e registrou as rotinas, relações familiares e condições de trabalho dessas mulheres, de modo que a documentação é composta por fotografias, cadernos de campo, apontamentos, notas de leitura e documentos diversos que permitem acompanhar o desenvolvimento das diferentes etapas da pesquisa, desde a coleta de dados, consulta às fontes, até a sistematização das informações e a construção de hipóteses. O conjunto também agrega alguns documentos de autoria de Armando Boito, assistente de Verena à época. Posteriormente essa pesquisa resultou no livro intitulado “Cafeicultura: homens, mulheres e capital (1850-1980)”.
O conjunto é composto, em sua grande maioria, pela documentação fotográfica do jornal, além de alguns títulos de periódicos e cartazes. As imagens formam um importante retrato da atuação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do panorama político, econômico e sócio cultural nacional e mundial durante a década de 1980.