O subgrupo abrange a documentação acumulada por Mário Carvalho de Jesus como fundador, diretor, advogado e militante da Frente Nacional do Trabalho. Inclui documentos da diretoria da FNT, documentos financeiros e de fundação da Frente, atas de reuniões e assembléias, correspondência, currículos, pesquisas e fotografias. Existem ainda dossiês temáticos sobre as causas defendidas pela Frente Nacional do Trabalho
O longa-metragem Cinco vezes favela, composto pelos episódios Couro de Gato, de Joaquim Pedro, Zé da cachorra, de Miguel Borges, Um favelado, de Marcos Farias, Escola de samba, alegria de viver de Carlos Diegues e por fim, Pedreira de São Diogo, 18 minutos, 35 mm, preto e branco, de Leon Hirszman, foi a primeira produção cinematográfica do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes - CPC da UNE,realizada em 1962, foi também o primeiro filme de Leon Hirszman. Dentre os documentos que compoêm esse subgrupo, destaque especial para o caderno de continuidade, com anotações realizadas em março de 1962, pelo então continuista Luiz Paulo Pretti, o roteiro técnico e as fotografias deste e de outros episódios que compoêm o longa Cinco vezes favela.
Leon Hirszman e Marcos Ney Silveira de Farias compram de João Pedro de Andrade, no ano de 1966, a Saga Filmes Ltda, produtora que chegou a produzir vários filmes, sendo Garota de Ipanema, Nelson Cavaquinho e São Bernardo, dirigidos por Leon Hirszman. Devido a conjuntura política do país, São Bernardo acabou sendo interditado pela censura, fato que determinaria a quebra da Saga Filmes. Após sua liberação e lançamento, para agravamento da situação, o filme - oprimeiro a ser distribuído pela Embrafilme- foi mal distribuído, chegando até mesmo a nem ser exibido em grandes praças, como na cidade de Campinas - SP, além do fato de ter sido classificado como cult - movie, o que contribuiu para sua baixa bilheteria. Sem recursos para saldar as dívidas, a produtora faliu. No ano de 1977 a Saga Filmes sai de seu período de quebra, mas Leon passa a produzir seus filmes em outra produtora, a Leon hirszman Produções.
Documentação relativo ao escritório de advocacia de MCJ e a sua atividade como advogado; Contém documentação administrativa e financeira do escritório além de dossiês sobre as diversas causas jurídicas trabalhadas pelo escritório; Sobre o Convênio ACJ/FNT e Arbitragem Trabalhista; Textos jurídicos e material de apoio ao trabalho dos advogados; fotografias de eventos com funcionários e advogados do escritório.
Fundada no ano de 1968, conforme expedido de anotação de firma individual, a Leon Hirszman Produções, localizada inicialmente na rua Senador Dantas, nº- 20 e posteriormente na rua Marechal Mascarenhas de morais, nº- 180, ambas na cidade do Rio de Janeiro, teve grande parte de sua operação realizada na década de 1980, chegando a produzir os seguintes filmes: "Cantos do trabalho: Cacau, Cantos do trabalho: cana de açucar, ABC da Greve, Eles não usam black tie, Imagens do Inconsciente", todos dirigidos por Leon Hirszman.
Documentário produzido em 1964, 18 minutos, 35mm, p&b, rodado no Rio de Janeiro, Paraíba e quase em sua totalidade em Pernambuco, aborda a questão do analfabetismo e da fome no Brasil, sobretudo no campesinato nordestino brasileiro. Ficou censurado quase vinte anos, sendo liberado apenas em 1982. Em 1984, participou e ganhou o 1ºprêmio de Filme Brasileiro de Curta Metragem. No exterior, concorreu e ganhou os seguintes prêmios: Vina del Mar, Chile 1965 (melhor documentário); Oberhausen, Alemanha, 1966 - Premio Joris Ivens e Sestri Levante, Itália 1966. Entre os documentos encontra-se toda a documentação relativa a participação no 1º Prêmio de Filme Brasileiro de Curta Metragem, a Lista de Diálogos, o Diário de Filmagens ou Livro de Planos, fotografias e outros.
Produzido no ano de 1965, ficção, 85 minutos, 35 mm, preto & branco, o primeiro longa-metragem de Leon Hirszman, baseado na peça homônima de Nelson Rodrigues, narra a vida de Zulmira, uma mulher do subúrbio carioca que se vê possuída pela idéia da morte. Vencedor da Gaivota de Prata no I Festival Internacional do Filme no Rio de Janeiro, em 1965, onde esteve representando o Cinema Novo. Foi projetado no Festival Cinematográfico de Veneza, Itália, e na semana cinematográfica organizada pela revista Cahiers du Cinema, em Paris, França. Reúne neste subgrupo, entre outros, folhetos de divulgação de exibição, texto sobre Fernanda Montenegro, redigido por Leon, alguns artigos publicados entre 1965 e 1966 pela imprensa nacional e internacional, fotografias, e um único documento tecnico, a lista de sequências.
Documentação sobre assessoria a diversos sindicatos, prestada por Mario Carvalho de Jesus através da Frente Nacional do Trabalho ou de seu escritório, Advocacia Carvalho de Jesus.