O grupo apresenta documentação administrativa e de apoio encontrada entre os relatórios de pesquisa doados ao AEL em 1999. Abrange documentos de atividades-meio (recursos humanos, contratos, etc.) da empresa, documentos de orientaçãoe de coleta de dados para aferição das pesquisas (manuais, questionários para pesquisas, listagem de programas, códigos e emissoras, etc), documentos de divulgação dos serviços prestados pela empresa e registro de acontecimentos diversos. Embora incompleta e fragmentada, a documentação ajuda no entendimento das etapas, metodologias e dos processos desenvolvidos para atingir as atividades fins do IBOPE.
A diversidade do material é grande e as pesquisas apresentam, em sua maioria, a opinião de um público específico. Agrega os mais variados tipos e temas de pesquisas ad hoc (encomendadas para atender às necessidades dos clientes): políticas, imagem de pessoas e empresas, consumo, estudo de mercado e viabilidade de investimento empresarial, entretenimento, comportamento, comportamento da grande imprensa frente aos acontecimentos, além de preferência de música, leitura e audiência diferenciadas. A série denominada Pesquisas Especiais (PE) contém pesquisas encadernadas procedentes da primeira remessa enviada ao AEL em 1989 e relatórios de pesquisas soltos, que chegaram em 1999. O segundo lote de pesquisas de opinião, enviado pelo IBOPE em 1999, distinguia as pesquisas de investigação política, que formou a série Assuntos Políticos Administrativos (APA) e permitiu também a definição de séries mais específicas, conforme se pode observar no arranjo do grupo documental.
Entrevistas com ex-militantes da luta armada, líderes estudantis e ex-exilados polpiticos brasileiros durante o período da ditadura militar, desde o golpe de 1964 até a anistia política em 1979. As entrevistas, realizadas por Denise Rollemberg, destinaram-se à trabalhos acadêmicos na àrea de História Social. Encontram-se depoimentos sobre militância política, luta armada, organizações clandestinas, exílio político e treinamento guerrilheiro em Cuba.
Contém entrevistas com ex-militantes da luta armada, oriundos de diversas organizações políticas atuantes no Brasil entre 1964 e 1979, desde o golpe militar até a anistia política. As entrevistas, realizadas por Marcelo Ridenti, destinaram-se atrabalhos acadêmicos na área de sociologia. Encontram-se depoimentos sobre movimento estudantil, militância política, estrutura das organizações políticas a quem pertenciam os militantes, guerrilha urbana e guerrilhoa rural, luta armada e ações terroristas das organizações politicas de esquerda.
Contém entrevistas com antigos guerrilheiros urbanos e suas análises sobre o período da luta armada, das experiências de prisão e exílio vividas por estes, bem como do retorno ao Brasil e ao contexto da sociedade brasileira. Os entrevistados são autores de livros de memórias do período da luta armada, e as entrevistas enfocam os assuntos acima citados através da análise dessas obras. Contém também, cópias de cartas de apelo à libertação de Renato Tapajós e a liberação do seu livro "Em câmera Lenta". Inclui ainda, cópia da Dissertação de Mestrado defendida pelo doador no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, Departamento de Sociologia e cópia da tese de doutorado.
Reúne toda a documentação sobre as participações do cineasta Leon hirszman em eventos, sobretudo em eventos internacionais. São participações devida sua expressão no cenário cinematográfico internacional, fato redimensionado com o sucesso do filme Eles não usam black tie. Participou de eventos como o IV Festival Internacional do Novo Cinema Latino Americano, realizado no ano de 1982 em Cuba e foi jurado na Mostra de Veneza, no ano de 1983, a convite do cineasta Bernardo Bertolucci. Como realizador, foi um dos representantes do cinema nacional na 1ª- Assembléia Mundial de Realizadores de Cinema, ocorrida no ano de 1983 na Ilha da Madeira, Portugal. Compõem esse grupo, documentos como o telegramaenviado ao cineasta Bernardo Bertolucci, as fotografias obtidas na Mostra de Veneza, o convite do presidente cubano Fidel Castro, a programação dos eventos, a fita cassete com registrode conferência, entre outros.
Segundo alguns críticos, LH fez acima de tudo um cinema político, que buscou atravésda ficção ou documentário elucidar práticas de dominação política, cultural, econômica e social. Essa visão política esteve presente em outras instâncias da sua vida. Enquanto cidadão, prestou apoio político à candidatura de Miro Teixeira, pelo PMDB, à governador do estado do Rio de Janeiro, em 1982. Como cineasta, teve participação direta nas decisões em torno das políticas voltadas para o cinema nacional. Teve expressiva atuação como menbro da ABRACI, Associação Brasileira dos Cineastas e na CBC, Cooperativa Brasileira de Cinema.
